Ainda assim, apesar de toda essa ferrugem que se me instala, fartei-me de produzir. É o que gosto de fazer: refugiada em casa rodeada de manchinhas coloridas a inventar coisas e a deixá-las sairem-me das mãos (umas melhores que outras).
E coisas da vida pessoal também se passaram e ideias más, e arrumações de cabeça e de objectos.
Só me falta a comunicação olhos nos olhos. E isso é o que mais preciso neste momento: capacidade de falar, de esconder a vontade de recolhimento, de sorrir para agradar, de convencer, de negociar. Será isto a que chamam empreendedorismo? Convencermo-nos de que os outros não têm a capacidade para escolher o que querem e determinar o que gostam e podem adquirir e assediá-los com sorrisos e descrições elogiosas ao que nós próprios fazemos a fim de vender?
Enfim, falta-me ser relações públicas e agente de mim mesma.
Ainda assim, lá estive em Queluz e em Benfica. Em Queluz muito menos do que estava programado, já que não seria rentável para o bolso e para os ossos passar ali os dias. E em Benfica o tempo programado. foi divertido mas o tempo de chuva não ajudou ao comércio. Onde vendi mais foi num almoço de amigos. Aliás, tudo o que vendi foi a amigas (e um amigo). Não sei se isto é sinal de que os meus amigos têm bom gosto ou só me compram as coisas porque são meus amigos.
Enfim, não perdi a esperança e em 2013 vou continuar.
Sem comentários:
Enviar um comentário