Páginas

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Dezembro nos ossos

Este tem sido um mês de Dezembro atribulado. Não parece porque ando com uma espécie de névoa no espírito, uma humidade que tomou conta do meu corpo, uma teia que me enredou e me toldou a vontade de sociabilizar. São os tempos que correm, o clima que corre. É o que eu sempre digo, devia hibernar. Devo ter sido urso (ou ursa) noutra encarnação. Ou tartaruga. Ou outro bicho qualquer que se recolhe durante o frio.

Ainda assim, apesar de toda essa ferrugem que se me instala, fartei-me de produzir. É o que gosto de fazer: refugiada em casa rodeada de manchinhas coloridas a inventar coisas e a deixá-las sairem-me das mãos (umas melhores que outras).

E coisas da vida pessoal também se passaram e ideias más, e arrumações de cabeça e de objectos.

Só me falta a comunicação olhos nos olhos. E isso é o que mais preciso neste momento: capacidade de falar, de esconder a vontade de recolhimento, de sorrir para agradar, de convencer, de negociar. Será isto a que chamam empreendedorismo? Convencermo-nos de que os outros não têm a capacidade para escolher o que querem e determinar o que gostam e podem adquirir e assediá-los com sorrisos e descrições elogiosas ao que nós próprios fazemos a fim de vender?

Enfim, falta-me ser relações públicas e agente de mim mesma.

Ainda assim, lá estive em Queluz e em Benfica. Em Queluz muito menos do que estava programado, já que não seria rentável para o bolso e para os ossos passar ali os dias. E em Benfica o tempo programado. foi divertido mas o tempo de chuva não ajudou ao comércio. Onde vendi mais foi num almoço de amigos. Aliás, tudo o que vendi foi a amigas (e um amigo). Não sei se isto é sinal de que os meus amigos têm bom gosto ou só me compram as coisas porque são meus amigos.










Enfim, não perdi a esperança e em 2013 vou continuar.

Sem comentários:

Enviar um comentário